sábado, 17 de abril de 2010
Matéria - Bauru estará em biografia espírita
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Artigo - O tamanho das responsabilidades
Escrevemos muitas linhas nas páginas de nosso calendário interior. Entre as linhas, quantos motivos você tem neste exato momento para sentir alegria em seu coração? Consegue enumerar alguns? Não importa. O que importa é que um novo e lindo dia se apresenta. Aproveite bem o dia de hoje para perceber tudo o que a vida tem oferecido de bom pra você. Envolva-se com tudo e com todos de uma maneira nova e abençoada, a tornar tudo melhor ainda. Espalhe seu perfume.
Nunca se assuste com o tamanho das suas responsabilidades, pois você está preparado porque tem competência, tem experiência e porque já viveu muitas existências. A sua missão é ser muito mais feliz e provocar muito mais felicidade. É bom saber que você não pode só ficar consumindo felicidade. Tem que ampliar sua percepção e oferecer e produzir felicidade também. Tem muitas pessoas precisando de você, de seu sorriso, de sua compreensão, do seu ombro, de sua palavra amiga. Você está momentaneamente acessando o que o lugar te proporciona para em altos vôos colher algo maior.
Dedique-se mais e mais na sua direção, do seu amor e da sua felicidade incondicional. Cada atitude sua a partir de agora terá a espontaneidade desta vontade que é a de ser e fazer feliz. Seu sorriso é a sua senha para a amizade e deve estar fácil e disponível para todo mundo. Aceite-se exatamente como você é, mas sempre com um sorriso nos lábios que possa iluminar seus semelhantes. Ame-se mais e mais e esteja sempre de bem com você para poder estar de bem com seus semelhantes. Nunca mais desperdice nenhum segundo de sua vida, pois esta energia poderá fazer falta em momento oportuno. Sinta-se preparado e aproveite o agora para iniciar o que precisa ser feito. E ao terminar, com o coração radiante de harmonia, você se sentirá feliz e satisfeito e com a sensação do dever cumprido.
Por vezes, entre preocupações, dificuldades e contrariedades nos movimentamos freneticamente para um lado e para o outro, e esquecemos de que movimentos desordenados não nos levarão a lugar nenhum. É preciso agir sempre com discernimento. Comumente a humanidade confunde a urgência com a pressa, e atropela as coisas boas da vida. A situação até pode exigir atitudes urgentes, mas que com reflexão não significa apressadas. É evidente de que quando agimos apressadamente, sem o uso da razão, surge o equívoco. Quando agimos com a emoção, o resultado é quase sempre desarmonioso. A emoção não é boa conselheira, quando se trata de resolver questões urgentes.
Mas nem sempre a confusão mental nos permite agir sensatamente. Se uma pessoa nos ofende ou nos contraria frontalmente, geralmente revidamos ou mantemos o efeito da ofensa durante dias, meses ou até anos. A própria palavra ressentimento quer dizer sentir e voltar a sentir muitas e muitas vezes. Quando isso acontece, por mais harmoniosos que sejamos, a mágoa vai se tornando cada vez mais viva e mais intensa. A ação mais acertada, neste caso, não seria tratar de eliminar a mágoa de nossa intimidade? Para tomar decisões lúcidas, é preciso sempre ter cautela e fazer o uso da razão, e jamais se deixar levar pelas emoções. Nesta vida, quando a emoção governa nossas ações geralmente o que vemos é o arrependimento surgindo em brevidade. Assim sendo, é preciso pensar bem antes de agir equivocadamente para evitar que, em vez de solucionar os problemas, os compliquemos ainda mais seus conflitos.
Se, em um momento crítico, a emoção nos tomar, é melhor dar um passo para trás por alguns instantes, ou deixar que os ânimos se acalmem, antes de qualquer atitude e depois dar dois passos para a frente. Quando agimos com calma, fazendo uso da razão, é mais fácil encontrar soluções definitivas, em vez de piorar as coisas. Quando você estiver às voltas com alguma preocupação, dificuldade ou contrariedade qualquer, lembre-se de que a solução ou a complicação dependerá da sua ação. Por isso, busque tomar a decisão mais favorável à resolução. Lembre-se, ainda, do tamanho das suas responsabilidades e de que a pressa nem sempre é boa conselheira e agir com sabedoria é sempre sinal de bom senso. Bom dia e boas energias. Eu acredito em você.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Chico Xavier, na Globo
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Cenoura, ovo ou café?
Seu pai, um chef, levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Logo as panelas começaram a ferver. Em uma, ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última, pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.
A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo. Cerca de 20 minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e as colocou em um prato. Retirou os ovos e os colocou em uma tigela. Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma caneca. Virando-se para ela, perguntou:
-Querida o que você está vendo?
-Cenouras, ovos e café, ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias. Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedecera e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura. Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso. Ela perguntou:
-O que isto significa, pai?
Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, a água fervendo, mas que cada um reagira de forma diferente. A cenoura entrara forte, firme e inflexível. Mas depois de ter sido submetida a água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil. Os ovos eram frágeis. Sua casca fina havia protegido o líquido interior. Mas após terem sido colocados na água fervendo, seu interior se tornou rígido. O pó de café, contudo, era incomparável. Depois que fora jogado na água fervente, ele havia mudado a água.
-Qual deles é você? - perguntou o pai a sua filha - Quando a adversidade bate a sua porta, como você responde? Você é uma cenoura, um ovo ou um pó de café? Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você murcha e se torna frágil e perde a sua força? Será que você é como o ovo, que começa com um coração maleável, mas depois de uma adversidade, você se torna mais difícil e duro? Sua casca parece a mesma, mas você está mais amargo e obstinado, com o coração e o espírito inflexíveis? Ou será que você é como o pó de café, que muda a água fervente, a coisa que está trazendo a dor, para conseguir o máximo de seu sabor? Seja como o pó de café, mude a adversidade em algo positivo!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Jesus no Lar
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Paciência, de Arnaldo Jabor
sábado, 12 de dezembro de 2009
Seja Voluntário
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Julgamentos precipitados
Numa manhã ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira.
Os amigos disseram ao velho:
Mas que desgraça, seu cavalo foi roubado!
E o velho respondeu:
Calma, não cheguem a tanto.
Simplesmente digam que o cavalo não está mais na cocheira.
O resto é julgamento de vocês.
As pessoas riram do velho.
Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou.
Ele tinha fugido para a floresta. Na volta, trouxe uma dúzia de cavalos selvagens com ele.
As pessoas se reuniram de novo e disseram:
Velho, você tinha razão. Não era mesmo uma desgraça, e sim uma benção.
E o velho disse:
Vocês estão se precipitando de novo.
Quem pode dizer se é uma benção ou não?
Apenas digam que o cavalo está de volta...
O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens.
Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas.
As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar:
E não é que você tinha razão, velho?
Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das duas pernas.
E o velho disse:
Mas vocês estão obcecados por julgamentos, hein?
Não se adiantem tanto.
Digam apenas que meu filho fraturou as pernas.
Ninguém sabe ainda se isso é uma desgraça ou uma bênção...
Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar, menos o filho do velho.
E os que foram para a guerra, morreram...
Quem é obcecado por julgar cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informação.
E isso leva a conclusões precipitadas.
Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina, outro começa.
Quando uma porta se fecha, outra se abre...
Às vezes enxergamos apenas a desgraça, e não vemos a benção que ela nos traz...
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
18 anos do Núcleo Fraterno Samaritanos
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Artigo: Educação - Pedagogia do Abraço
Não se trabalhou até hoje uma perspectiva de entendimento de que professores e alunos são cúmplices do processo educacional e no seio da família a preocupação é principalmente com a nota em detrimento da formação moral e da geração de um conhecimento autônomo e estimulador do pensar. Neste processo é importante que a sociedade mude urgentemente o conceito de escola e procure engajar suas partes mais importantes (professor e aluno) como parceiros e não como seres antagônicos sempre dispostos a passar a perna no outro.
Diante dessa reflexão é importante que a escola oportunize espaços para uma maior aproximação entre professor e aluno, uma aproximação respeitosa e colaborativa que procure essencialmente dar aos dois oportunidades de reflexão sobre prática, responsabilidade, respeito e construção do senso crítico.
A escola deve desenvolver espaços para entendimento fraternal entre professores e alunos e tirar a ideia de hierarquia rígida e inflexível. O processo de geração de carinho entre professor e aluno é vital para o desenvolvimento do aprendizado, pois só aprendemos o que nos dar prazer.
A escola deve se tornar espaço de verdade e sinceridade e os professores e alunos devem caminhar juntos em busca de um processo de entendimento da importância da educação e do processo de geração de aprendizado.
O cumprimento fraternal é vital para educadores e educandos sentirem-se próximos e desenvolverem respeito mútuo no caminhar pedagógico. Desta forma, a escola estará, antes do conhecimento teórico, gerando oportunidades de criar valores como cooperação, fraternidade, respeito e segurança que os indivíduos do processo ensino-aprendizagem constroem no dia-a-dia.
Para isso é preciso incentivar a formação de valores no contexto da escola entre todos os que a fazem para que estes entendam-se como companheiros na jornada da vida que têm seus percalços mas é sempre maravilhosa em todos os sentidos. A escola deve se pautar numa lógica de desenvolvimento de valores que devem envolver a todos os que a fazem num sintoma lógico de construção de um conhecimento partilhado e dividido.
É importante que haja sobretudo respeito no processo de ensino-aprendizado o que certamente diminuirá a burla, o não cumprimento de prazos e a má qualidade nos trabalhos escolares e no processo avaliativo. Os professores e todos os que fazem a escola devem entender - se como companheiros fraternos e não como seres antagônicos em suas práticas e ações.
Entre os principais aspectos da Pedagogia do Abraço podemos citar que é importante cultivar nas relações intra e extra-escolares aspectos de solidariedade, respeito ao próximo e colaboração que são valores éticos fundamentais para um bom desenvolvimento das relações que se dão no cotidiano da escola.
É vital que se promova na escola sempre oportunidades de discussão das relações entre indivíduos para que tal processo se amplie para outros setores da sociedade.
É fundamental que a escola seja aberta à comunidade e a outros setores da vida social para difundir valores e dar compreensão plena do mundo que se vive e entendimento dos dilemas que se dão na vida diária.
Como sub-sistema da vida social a escola deve entender todos os dilemas da sociedade compreendendo os problemas que afetam a vida dos jovens nos dias de hoje para saber o contexto em que os mesmos estão inseridos para analisar os fatores que têm promovido atitudes de indisciplina, rebeldia e conflitos no contexto escolar.
É importante que os valores éticos sejam enaltecidos como ações interdisciplinares que promovam sempre a discussão dos dilemas que afetam os jovens da escola e que afastam professor-aluno. A escola deve ser pautada em uma lógica de entendimento e de estabelecimento de pactos de convivência que são fundamentais para o entendimento e para a construção de relações de companheirismo, formação ética e desenvolvimento de trocas mútuas de afeição que poderão certamente contribuir para um bom aprendizado e para um melhor aproveitamento dos conteúdos e/ou formação do conhecimento.
Não podemos desprezar o processo de relações no contexto da escola e temos que priorizar a formação de valores que devem sempre permear o processo de geração de aprendizado e conhecimento autônomo.
Como processo de geração de relações o conhecimento deve ser partilhado e construído de forma cooperativa para dar aos personagens do ambiente escolar oportunidades de desenvolver cooperativamente ações de cumplicidade na geração do conhecimento individual e coletivo. Cada educador deve cultivar processos de formação ética e de relações afetivas para que todos sejam cúmplices de um novo mundo pautado pela honestidade, pela amor mútuo e, principalmente, pela certeza de gerar oportunidades de crescimento e formação para o bem de todos que fazem o ambiente escolar.
Ser solidário e respeitoso com o aluno pode contribuir plenamente para um processo de aprendizado mais prazeroso e mais eficiente. É importante sempre desenvolver na prática docente oportunidades de relações afetivas e de respeito mútuo para o bem da educação e dos diversos elementos que dela fazem parte.
Francisco Djacyr Silva de Souza é
professor, mestre em educação e escritor
terça-feira, 28 de julho de 2009
Aborto dos Anencéfalos
quarta-feira, 1 de julho de 2009
SOS Samaritanos
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Palestra do Jamiro - um sucesso!
O Jamiro nos lembrou, com muita propriedade, de quantos motivos existem para sermos felizes.
Para mim, fica a certeza: a felicidade é um estado de espírito constante, muito mais que um objetivo a se atingir!
domingo, 26 de abril de 2009
Palestra Especial - Jamiro dos Santos Filho
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Ainda sobre o tema Estranha Moral
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Estranha Moral
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Preconceito, por Susan Boyle
Podemos fazer coisas maravilhosas, que depende somente de nós. O preconceito nos remete a vários defeitos, e se não tomarmos cuidado, nos consome lentamente.
Preferi não descrever o vídeo, para que vocês tenham a oportunidade de assistí-lo sem nenhuma ideia pré-concebida. Assistam, reflitam, e depois comente aqui, com os amigos, familiares, etc.
Link: http://www.youtube.com/watch?v=j15caPf1FRk
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Reportagem: Doença mental ou mediunidade? - Jornal A Tribuna, de Santos - 13/04/2009
FABIANA HONORATO
Enquanto a ciência busca a cura da esquizofrenia, alvo do apelo social da novela Caminho das Índias, uma parcela significativa da Medicina estuda a influência da mediunidade no desenvolvimento de doenças mentais. Muitos médicos acreditam que manifestações espirituais podem ser rotuladas como distúrbios.
Presidente da Associação Médico-Espírita (AME) de Santos, o otorrino Ricardo Sallum afirma que muitos distúrbios sérios são decorrentes de uma faculdade humana que, de acordo com Allan Kardec (1804/1869), permite o intercâmbio com a vida espiritual. "Há pessoas que ouvem coisas, que têm a clariaudiência, faculdade com a qual nasceram. Muitas se acostumam com as vozes, outras ficam perturbadas".
Segundo ele, esse dom humano é mais forte até os 7 anos, quando muitas crianças veem (vidência) ou ouvem coisas por conta de uma sensibilidade maior. Também pode surgir tardiamente, em qualquer época da vida ou próximo do que o espiritismo chama de desencarne, ou seja, a morte. "Umas pessoas são mais para-raios que outras, mas ainda não sabemos como isso ocorre".
A inexistência de um aparelho que capte o corpo espiritual (perispírito) e a necessidade de evidências fazem a psiquiatria ortodoxa rotular muitas das manifestações mediúnicas como alucinações.
Para o otorrino, a resistência da Medicina em acreditar em algo intangível pode levar a diagnósticos distorcidos. "Muitas pessoas estão ou estiveram em manicômios, taxadas de loucas, por apresentarem distúrbio mediúnico. A mediunidade que a pessoa tem e não sabe pode levar a problemas sérios", advertiu.
O presidente da AME-Santos reconhece que a Medicina já avançou, ao admitir a espiritualidade, mas afirma que, enquanto não se acreditar na existência do espírito, muitos males físicos e mentais permanecerão sem diagnóstico e consequente tratamento. A propósito, cita que as experiências de quase morte (EQMs) são a prova inequívoca da existência do espírito.
Ouvindo relatos de pacientes com mediunidade desenvolvida, Sallum salientou a importância da religiosidade para lidar com essa faculdade sem adoecer. Acreditar e praticar uma religião pode ser um freio para manifestações espirituais perturbadoras.
"Na religião, a pessoa pode encontrar respostas para o que vê ou ouve. No espiritismo, muitas trabalham a mediunidade e depois dão vazão a ela, ajudando a si próprias e, se possível a outras pessoas".
CURSO
Sallum levou a discussão sobre as influências do espírito na vida da pessoa para a sala de aula. Ele é um dos coordenadores do Curso de Pós-Graduação, em nível de licenciatura, denominado Bases da Integração Cérebro-Mente-Corpo-Espírito, da Universidade Santa Cecília.
Criada há oito anos, a especialização é uma das mais procuradas e tem como alunos médicos, professores, engenheiros, físicos, donas de casa e aposentados.
O conteúdo não têm conotação religiosa. As aulas são aos sábados à tarde e o curso tem duração de dois anos. Informações no telefone 3202-7104
Diagnóstico exige cautela e serenidade
Entendo que o assunto é bastante complexo e exige sempre muita cautela e também serenidade. Há várias hipóteses que devem ser consideradas quando se analisa o fenômeno das pessoas que ouvem vozes. Em primeiro lugar, deve-se considerar os estados psicopatológicos, em particular a esquizofrenia.
Para tanto, é necessário que haja uma avaliação, um acompanhamento e tratamento médico especializado, efetuado por profissionais habilitados e competentes. Nem sempre, entretanto, os médicos psiquiatras têm facilidade em estabelecer um diagnóstico.
Outra hipótese que deve ser avaliada são os processos obsessórios, quando o indivíduo, médium ou não, é submetido à fascinação, subjugação ou obsessão propriamente dita, de acordo com a classificação proposta por Allan Kardec e ainda hoje muito atual.
Nessas circunstâncias, a pessoa passa a receber a influência perniciosa e deletéria de uma individualidade extra-corpórea (espírito obsessor). Não deixa de ser, neste caso, também um processo psicopatológico.
Por fim, é preciso destacar uma terceira hipótese que envolve a mediunidade. Neste caso, o médium tem a capacidade natural de perceber em seu campo mental as emoções, sensações e ideias de um espírito comunicante.
Alguns médiuns ouvem o que esse espírito quer lhes transmitir. A imensa maioria dos médiuns kardecistas é de indivíduos absolutamente normais, ajustados à sociedade e que, de acordo com pesquisas científicas conduzidas recentemente pela USP, apresentam uma prevalência de quadros psiquiátricos inferior ao de um grupo-controle de não médiuns. Ou seja, uma capacidade mediúnica equilibrada acaba funcionando como um fator protetor à saúde mental.
Nem todas as pessoas que ouvem vozes são esquizofrênicas. Da mesma forma, nem todas são médiuns ou sujeitas à obsessão. Há de se considerar, ainda, a possibilidade de fraude ou de uma produção anímica, em particular em pessoas que sofrem de carências afetivas profundas.
Por fim, destaco que a associação entre as doenças mentais e os processos obsessórios é mais comum do que se pensa.
* ADEMAR ARTHUR CHIORO DOS REIS, MÉDICO, SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO E PROFESSOR UNIVERSITÁRIO, É SEGUIDOR DO ESPIRITISMO
Comunicação pode ser benéfica
Aos sete anos, Ana (nome fictício) começou a sentir a presença de pessoas que não via e a ouvir vozes que lhe diziam algo sobre seus pais. As mensagens alertavam sempre para a separação do casal, por conta de uma terceira pessoa. "Achava que era coisa da minha cabeça, não falava sobre isso com ninguém. Mais tarde, aconteceu tudo do jeito que eu ouvia".
Quando perdeu o avô, aos 13 anos, a menina sonhava com ele frequentemente e recebia avisos sobre coisas que aconteceriam com ela. "Na última vez que sonhei com meu avô, ele disse que não iríamos nos encontrar mais, mas que um dia eu iria vê-lo e reconhecê-lo".
Mais tarde, já casada e trabalhando como enfermeira, Ana, muito apegada ao filho de 3 anos de um casal de amigos, se surpreendeu com o que ouviu da criança. "Ele era muito grudado comigo e um dia senti a presença do meu avô, o que me emocionou muito. Depois disso, passei a acreditar em reencarnação".
A mediunidade, que não aceitava, voltou a se manifestar quando um amigo muito próximo morreu e ela passou a ouví-lo com frequência. Ele queria dar um recado à mulher. "Eu entrava em desespero quando o ouvia, não aceitava. Só parei de ouvi-lo o dia em que dei o recado à viúva".
O episódio mais marcante foi quando ela confirmou o que uma voz lhe disse o que aconteceria. "Ouvi que iria haver um acidente e que eu deveria prender meu filho na cadeirinha do carro. Se eu não tivesse feito isso, ele teria sido arremessado quando o carro bateu", atestou.
Na busca pelo fim destas manifestações, Ana frequentou várias religiões, mas não encontrava as respostas, nem a tranquilidade que queria. "Há dois anos estudo o espiritismo, onde achei essa ajuda para entender melhor esses fenômenos. Estou gostando, mas prefiro não ouvir e nem sentir nada", disse ela, que pediu anonimato para não entrar em atrito com a família.
MOTIVAÇÕES
O médico gaúcho Mauro Kwi-tko, presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia Reencarnacionista (ABPR), explica que a comunicação dos espíritos pode ter motivações diversas. "Pode ser um avô que desencarnou e quer ficar perto da família, um desafeto que quer se vingar ou um inimigo de uma vida passada. Mas eles também podem nos proteger e conversar, alertando e orientando".
Para conviver em harmonia com essa faculdade, o especialista, que é referência em psicoterapia reencarnacionista, recomenda a busca de ajuda espiritual. "Se a pessoa entender que essas vozes são de espíritos, pode conversar mentalmente com eles, mas o ideal é que a mediunidade seja estudada".
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Reportagem: Mapa da Fé - Jornal Comércio da Franca - 08/04/2009
Apesar da maioria da população ser católica, pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostra que Franca tem uma das maiores concentrações de espíritas do País. Pelo levantamento, o percentual de seguidores da doutrina na cidade é de 7% - quase 23 mil habitantes - um dos 30 maiores do Brasil.
O estudo nomeado de "Mapa da Fé" tem como base dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Na região, a cidade só perde para Pedregulho, onde o índice chega a 15%. No Estado de São Paulo, Franca ocupa a oitava posição. No País, a cidade com maior porcentagem de espíritas é Palmelo, no Estado de Goiás, com 42,10%. Em São Paulo, a primeira colocada é Itaoca, onde 19,62% seguem o espiritismo.
A explicação para a alta porcentagem de espíritas em Franca está no passado histórico da religião. No começo do século passado, a cidade teria recebido muitos divulgadores da doutrina. Pesou também a posição geográfica. Franca está muito próxima de redutos espíritas de Minas Gerais. "José Marques Garcia foi o pioneiro do espiritismo na cidade, iniciou as atividades assistencialistas.
Depois tivemos o Agnello Morato e José Russo. Além disso, Franca, por ficar perto de Sacramento (MG), teve muita influência do médium Eurípedes Barsanuffo", disse o presidente da USE (União das Sociedades Espíritas) de Franca, Eurípedes Valentim Ferreira.
Mais tarde, a mudança do médium Chico Xavier para Uberaba, no Triângulo Mineiro, também contribuiu para a expansão da doutrina na cidade. "O Chico sempre estava em Franca e muitas pessoas também iam até lá. Contou também o clima de liberdade de pensamento que sempre existiu na cidade", disse Ferreira.
Para o diretor do Idefran (Instituto de Divulgação Espírita de Franca), Felipe Salomão, o número de espíritas na cidade é maior do que o apontado pelo estudo da FGV. Acredita-se, com base em estudos da USE de São Paulo, que os seguidores do espiritismo alcancem 14% da população francana.
Na cidade, há registrados na USE 80 centros espíritas. A maioria está na região do Aeroporto e Vila Nova. "Temos seguidores de todos os níveis da sociedade, a maioria mulheres entre 30 e 60 anos, mas muitos não se declaram espíritas por vergonha, preconceito ou por também serem de outra religião", disse Salomão.
Professor de história, Adolfo de Mendonça Júnior, 40, nasceu em berço espírita. Casado, conheceu sua mulher num encontro da doutrina e, hoje, educa os dois filhos dentro da mesma religião. Sua ligação com o espiritismo é tamanha que até virou objeto de pesquisa. "A história do espiritismo em Franca tem mais de cem anos e cresceu em razão do trabalho muito ligado à caridade. O espiritismo é uma doutrina de liberdade e foi ela que me ajudou a entender o sentido das coisas. É uma fé raciocinada que passa de pai para filho".
terça-feira, 7 de abril de 2009
Falsos Profetas
Sobre o tema desta semana encontrei esta bela mensagem de Emmanuel, que nos convida a pensar sobre as nossas atitudes - será que com nossos atos por momentos nós assumimos o papel de falsos profetas a deturpar os ensinamentos do Cristo?
"Falso profeta não é somente aquele que perturba o serviço da fé religiosa.
Sempre que negamos a execução fiel dos nossos deveres, somos mistificadores, diante da Lei Divina, que nos emprestou os dons da Terra, em favor do aprimoramento de nós mesmos.
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Na maledicência, somos falsos profetas da fraternidade.
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Na discórdia, somos mistificadores da paz.
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Na preguiça, somos charlatões do trabalho.
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Na indiferença, somos inimigos do dever.
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Toda vez que olvidamos as nossas obrigações de solidariedade para com os nossos semelhantes, que prejudicamos o serviço que nos cabe atender, que fugimos aos nossos testemunhos de humildade, que oprimimos as criaturas inferiores, somos falsos profetas do ideal superior que abraçamos com o Cristo.
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A Terra é a nossa escola.
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O Lar é o nosso templo.
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O Próximo é o nosso irmão.
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A Humanidade é a nossa família.
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A Luta é o nosso aprendizado.
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A Natureza é o livro sublime da vida.
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Não nos esqueçamos, assim, de que, um dia, seremos chamados à prestação de contas dos talentos e dos favores que hoje desfrutamos, para resgatar o dia de ontem e santificar o dia de amanhã."
Fonte: Levantar e Seguir – Francisco Cândido Xavier – Emmanuel
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Mensagem de Emmanuel: Ante os Falsos Profetas
Mantendo o tema da palestra desta semana, a leitura da mensagem abaixo, de autoria de Emmanuel e psicografia de Chico Xavier, é muito sugestiva à nossa reflexão:
"ANTE OS FALSOS PROFETAS
Acautela-te em atribuir aos falsos profetas o fracasso de teus empreendimentos morais.
Recorda que todos somos tentados, segundo a espécie de nossas imperfeições.
Não despertarás a fome do peixe com uma isca de ouro, nem atrairás a atenção do cavalo com um prato de pérolas, mas, sim, ofertando-lhes à percepção leve bocado sangrento ou alguma concha de milho.
Desse modo, igualmente, todos somos induzidos ao erro, na pauta de nossa própria estultícia.
Dominados de orgulho, cremos naqueles que nos incitam à vaidade e, sedentos de posse, assimilamos as sugestões infelizes de quantos se proponham explorar-nos a insensatez e a cobiça.
É preciso lembrar que todos somos, no traje físico ou dele desenfaixados, espíritos a caminho, buscando na luta e na experiência os fatores da evolução que nos é necessária, e que, por isso mesmo, se já somos aprendizes do Cristo, temos a obrigação de buscar-lhe o exemplo para metro ideal de nossa conduta.
Não vale, assim, alegar confiança na palavra de quantos nos sustentam a fantasia, com respeito a fictícios valores de que sejamos depositários, no pressuposto de que venham até nós, na condição de desencarnados; pois que a morte do corpo é, no fundo, simples mudança de vestimenta, sem afetar, na maioria das circunstâncias, a nossa formação espiritual.
<
O ouvido que escuta é irmão da boca que fala.
Ilusão admitida é nossa própria ilusão.
Apetite insuflado é apetite que acalentamos.
Mentira acreditada é a própria mentira em nós.
Crueldade aceita é crueldade que nos pertence.
De alguma sorte, somos também a força com a qual entramos em sintonia.
Procuremos, pois, o Mestre dos mestres como sendo a luz de nosso caminho. E cotejando, com as lições d’Ele, avisos e informes, mensagens e advertências que nos sejam endereçados, desse ou daquele setor de esclarecimento, aprenderemos, sem sombra, que a humildade e o serviço são nossos deveres de cada hora, para que a verdade nos ilumine e para que o amor puro nos regenere, preservando-nos, por fim, contra o assédio de todo mal."
No livro "Religião dos Espíritos"
domingo, 5 de abril de 2009
Lembrete - Evangelização Infantil
Palestra da Semana - Haverá Falsos Cristos e Falsos Profetas
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Escola de Pais, por Cidinha de Souza
Educar os filhos é uma arte que exige paciência, dedicação e muito amor. Deus possibilitou a cada pai, a cada mãe, a felicidade de, através da educação, poder contribuir com a evolução moral, espiritual e intelectual de seus filhos.
Em todos os sábados, meus encontros com pais e mães são sempre uma alegria, pois tenho a possibilidade de compartilhar todas as suas experiências. No início, ao ser convidada a dirigir a Escola de Pais, questionei-me muito de como seria meu diálogo com os pais, principalmente por não ter a experiência “biológica” de ser mãe. Intuitivamente, eu sabia que não poderia fugir do que já tinha me proposto a fazer.
Como trabalho há 8 anos com crianças e jovens, e tive a oportunidade de ser evangelizadora das turmas do Primário, Intermediário e Pré-Mocidade, adquiri experiência através da convivência com as crianças, o que tem me ajudado muito no relacionamento com os pais.
Aprendi a observá-los melhor e descobri que na maioria das vezes necessitam ser amparados, auxiliados com amor e carinho, antes mesmo que seus filhos.
Saibamos educar nossas crianças a luz do Evangelho de Jesus, ensinando-os a amar aos outros e não apenas a si mesmos, para que no futuro possam amar a todos indistintamente.
De acordo com Allan Kardec: “educação é o conjunto de hábitos adquiridos”, portanto, a renovação da humanidade só se processará com o exemplo dos pais. No lar o exemplo será sempre a força mais convincente; nenhum pai terá força de bem educar seus filhos se não der o bom exemplo de suas atitudes. Educar é amar, por isso Pestalozzi não cansava de nos recomendar: “O amor é o fundamento eterno da educação”.
Não esqueçamos, a mente infantil dar-nos-á de volta, no futuro, tudo aquilo que lhe dermos agora.